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O TOIRO DE LIDE

O TOIRO DE LIDE

 

 

EVOLUÇÃO



Toiros
Se le puede considerar como el padre de la mayor parte de los bóvidos actuales y no hace tanto tiempo poblaba las praderas europeas. El Uro (Bos taurus primigenius) era una raza de enorme toro que nuestros antepasados paleolíticos ya pintaban en las cavernas y que desafortunadamente desapareció hace unos 400 años. La caza indiscrimina...da y la desaparición de sus hábitats naturales, los grandes bosques europeos, los fue exterminando, y sólo sobrevivieron en Polonia hasta el siglo XVII. Ya en la Edad Media sólo se los veía en Alemania y en los bosques polacos de Jaktorów y Wiskitki. En estos últimos sobrevivieron más tiempo porque eran propiedad del rey, y sólo él tenía derecho a caza allí.

Algunos ejemplares llegaron a medir 2 metros y su imponente imagen estuve presente por todos los bosques de Europa hasta 1627, año en el que pasó a la infame lista de especies extintas. La comparación con el toro actual ya nos da una imagen del impresionante animal ante el que nos encontramos.

 

Ferros

Em Portugal - 1ª Abordagem – Dos Toiros Corridos aos Toiros Puros:

 

A selecção de Toiros Bravos, tendo em vista a Corrida de Toiros nos moldes modernos, tem o seu início a partir de meados do século XVIII. Praticamente todas as Ganadarias de Toiros de Lide portuguesas e espanholas têm uma base comum em duas ganadarias espanholas dessa época: a do Conde de Vistahermosa (1770) e a de Vicente Vasquez (1780). A evolução do toureio apeado e equestre veio a determinar esta opção de base de selecção e, assim, o antigo Toiro português não tem, mesmo em Portugal, condições de utilização tauromáquica actualmente.
Mas, nos finais do século XVIII, já havia ganadarias que produziam toiros bravos em Portugal, de que são exemplos a da Casa Cadaval e a de Rafael José da Cunha.
Mas a ganadaria mãe de muitas outras que apareceram no século seguinte no nosso país foi a Ganadaria do Infantado. Ela era também de origem espanhola, porquanto resultou duma oferta de uma manada de vacas bravas, feita pelo Rei Fernando VII de Espanha a D. Miguel I de Portugal.
A divisão da Casa do Infantado, decretada pela rainha D. Maria e a sua divisão e venda em hasta pública, veio a originar o aparecimento de muitos novos Lavradores no Ribatejo e muitos deles passaram a dedicar-se à criação de toiros para os espectáculos tauromáquicos, que então tiveram uma fase de grande expansão. D. Miguel foi assim na história da tauromaquia portuguesa figura eminente e primordial, como criador de toiros de lide e como promotor da Festa dos Toiros.
No entanto há um fenómeno interessante que é eminentemente português e que perdura nos nossos espectáculos por mais de cem anos. O número de corridas que se realizavam nos meados do século XIX era muito superior à capacidade de oferta de toiros pelos criadores de toiros de lide. Assim, passou a ser vulgar costume em Portugal que o mesmo toiro fosse «corrido» por diversas vezes e em certa medida a «bravura» dos toiros e até a sua escolha como «semental» era medida pela capacidade de um toiro manter as investidas e condições de lide, nas diversas vezes que entrava em praça.
Ficaram célebres vários toiros, que me recorde o “Capirote”, da ganadaria do Dr. Guisado e adquirido pelo cavaleiro José Bento Araújo, que foi lidado 32 vezes e que chegou a ser anunciado com destaque em corridas do Campo Pequeno, ou o “Quinze”, da ganadaria de Francisco Lima Monteiro, que tinha esse nome porque foi corrido 15 vezes e que ficou alguns anos como semental da manada por ter tantas vezes demonstrado a sua bravura.
Nos primeiros anos do século XX ainda era vulgar serem lidados, nas praças portuguesas, toiros corridos. Isso perdurou até aos anos 20 ou 25.
 
Este costume, que representa uma forma muito peculiar e exclusivamente portuguesa de apreciar a corrida de toiros, não tinha obviamente condições de preservação e as exigências do toureio moderno acabaram por se impor. Isso veio a contribuir muito para o aparecimento de novas ganadarias com um base espanhola, que se impuseram no panorama mundial, das quais merecem destaque as de José Palha Blanco e de Emílio Infante da Câmara.
A inauguração do Campo Pequeno e a vinda a Lisboa das principais figuras da tauromaquia mundial, foram determinantes para a alteração desta forma peculiar de encarar o espectáculo dos toiros.

 

 

 TOIRO DE LIDE

 

toiro de lide é um bovino criado e seleccionado pelo homem nos últimos três séculos, com fins comerciais, destinado a espectáculos taurinos. Procede das raças autóctonas espanholas (o chamado «tronco ibérico»), que vivem na Península Ibérica desde tempos imemoriais e que propicinou as formas mais primitivas de tauromaquia.


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URO

 

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Alguns especialistas consideram que é o descendente mais directo do uro –o antepassado de todas as raças bovinas actuais– já que, para além da sua rusticidade e sua vida selvagem (dotado para sobreviver na natureza sem ajuda humana), conjuntamente com as numerosas características fenotípicas. Conserva seus instintos atávicos de defesa e os atributos físicos (astes grandes e, potente aparato locomotor) que os bovinos do resto da Europa, seleccionados para consumo de carne e leite, perderam.



O que distingue o toiro de lide é uma mistura de atributos físicos e temperamentais, que se sintetizam na chamada bravura, pelo que também se conhece como toiro bravo. A bravura é a combinação equilibrada entre casta (é dixer, instinto agressivo) e nobreza (é dizer, ingenuidade). Sem uma das duas falta, o resultado só pode ser a mansidão, o que o torna inviável para a lide.


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Um dos aspectos da história do toiro de lide que mais se apresenta a discussão é a determinação sobre a aparição da criança do mesmo com fins de lidie, seleccionando exemplares e raças, con fins comerciais ou destinados aos espectáculos taurinos de toda índole. Não parece que tenha existido uma selecção especial durante a Idade Média, os toiros, como outros animais selvagens, eram mantidos e cativeiro e protegidos pelos senhores feudais para propósitos de criação ou de caça.


Nos tempos dos Reis Católicos já se conheciam, assim os primeiros indicios de selecção do toiro bravo apontam para os séculos XV e XVI na provincia de Valladolid, onde a proximidade á corte, bastante itinerante nessa época, decidiu criar em amplos terrenos, uma vacaria que lançou as bases do toiro de lide actual. A partir de Boecillo, La Pedraja de Portillo e Aldeamayor de San Martín, partiam os toiros para as festas dos povoados, da corte ou para as eclesiásticas. A ganadería primogénita foi Raso de Portillo, e ficou conhecida até finais do século XIX. Existe a crença que estes toiros foram os primeiros em festejos reais.


Paralelamente começaram a desenvolver-se ganaderías em outros lugares de Espanha, Andaluzia tornou-se na base da criação de toiros, se bem também tiveram  a sua importância os que se criaram em orillas de Jarama, os chamados Jijones de Villarrubia de los Ojos, os navarros os aragoneses. Foi na segunda metade do século XVII quando as vacadas de toiros bravos, começaram a organizar-se, todavía sem fins claramente comerciais. Teve que passar um século mais para que o espectáculo taurino atingisse o auge e aparecessem as ganaderías orientadas claramente aos espectáculos taurinos já com fins comerciais.


Assim então, o toiro actual, pode considerar-se o resultado do trabalho de selecção efectuado desde principios do século XVIII mediante a prova da tienta a fim de eleger para sua reprodução exemplares em os que concorram determinadas características, aquelas que permitirão o exercicio da lide, é dizer, a sucessão de sortes que se executam nas corridas de toiros desde que o toiro sai á praça, á sua morte, e é arrastado pelas mulas. Estas características tem variado tanto ao longo dos séculos como o próprio toureio, mantendo-se como único denominador comum: a bravura do toiro. Nasceram então, já na segunda metade do século XVIII, as que se consideram as castas fundacionais das que partiram os encastes actuais: Morucha Castellana (Boecillo), Navarra, Toros la Tierra e Jijona (Madrid e la Mancha), Cabrera e Gallardo (El Puerto de Santa María), Vazqueña, Vega-Villar (Utrera)e Vistahermosa, se bem que na actualidade,  90% das divisas existentes procedam todas desta última.


Um dos aspectos da história do toiro de lide que mais se apresenta a discusão é a determinação sobre a aparição da cria do mesmo com fins de lide, seleccionando exemplares e raças, com fins comerciais ou destinados aos espectáculos taurinos de toda índole. Não parece que existiria uma selecção especial durante a Idade Média, na qual, os toiros, como outros animais selvagens, eram mantidos em cativeiro e protegidos pelos senhores feudais para propósitos de criação ou de caça.


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Nos tempos dos Reis Católicos já se começaram a conhecer, os primeiros indicios de selecção do toiro bravo por volta dos séculos XV e XVI na provincia de Valladolid, onde a proximidade á corte, ainda itinerante nesta época, fez com que se criasse em amplos terrenos, uma vacada assentando as bases do toiro de lide actual. Desde os términos de Boecillo, La Pedraja de Portillo e Aldeamayor de San Martín, partiam os toros para as festas dos povoados, da corte ou para as eclesiásticas. O nombre desta pretendida ganadería primogénita foi Raso de Portillo, e foi conhecida até finais do século XIX. Existe a crença que estes toiros foram os primeiros em festejos reais.



Paralelamente começaram a desenvolver-se ganaderías em outros lugares de Espanha, Andaluzia se pôs a cabeça na criação de toiros, também tiveram a sua importância os que se criaram em orillas del Jarama, os chamados Jijones de Villarrubia de los Ojos, os navarros e os aragoneses. Foi na segunda metade do século XVII quando as vacadas de toiros bravos, começaram a organizar-se, todavía sem fins claramente comerciais. Teve que passar um século mais para que o espectáculo taurino alcance o auge e apareceram as ganaderías orientadas claramente para os espectáculos taurinos já com fins comerciais.

 

 

 



O Trapío


O trapío de um toiro de lide é o conjunto de rasgos externos, atitudes reacções observaveis á vista. Existe um riquíssimo vocabulário taurino para designar os diferentes aspectos da morfología e comportamento do toiro. Se diz que um toiro tem trapío quando reúne as qualidades físicas e la presença necessária para a lide. Segundo Pedraza Jiménez , os principais rasgos morfológicos para determinar o trapío de um toiro são:

  • Tamanho e peso. 
  • Estatura.
  • Conformação do tronco.
  • Conformação das extremidades.
  • Conformação da cabeça e cacháso.
  • Conformação dos cornos.
  • Pele, pelo e capa.

 

Comportamento

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O toiro de lide é um animal gregário, que busca segurança refúgio numa manada. Depois do nascimento, e antes de ser desmamado, o bezerro viverá oito ou nove meses alimentado e protegido pela sua mãe. Dado que sua madureza sexual se produz aos 16 meses aproximadamente, pouco depois de um ano se separam machos  e fémeas que, a partir desse momento, vivirão em cercados diferentes. As diferentes idades se denominam com nombres específicos: añojos (1 ano), erales (2 anos), utreros (3 anos), cuatreños (4 anos) e cinqueños (5 anos).

 


Nas manadas de toiros establece-se uma rigorosa herarquía. Chama-se mandón ao toiro dominante e que maltrata aos demais. Com certa frequência, este chefe é desafiado por outro membro do grupo para arrebatar-lhe a liderança, produzindo-se violentas lutas. O toiro derrotado se denomina abochornado e é atacado e perseguido pelo resto da manada, ficando afastado da mesma tornando-se violento e muito perigoso.


Dado que os toiros não tem acesso as fêmeas, se montan uns aos outros para mitigar o seu apetito sexual. Em cada tourada costumava haver um toiro maricas, mais débil ou tímido que o resto, para ser montado pelos demais.

 

Interesse zoológico

 

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Ao contrário da maioria das raças de gado doméstico, os toiros de lide apresentam uma série de características físicas e temperamentais mais próprias de um bovino selvagem. Isto não deve parecer estranho se tivermos em conta que a la hora de desenvolver esta raça os criadores nunca pretenderam potenciar coisas como uma maior produção de carne e leite ou uma mansidão e ausência de cornos acentuados para tornar os animais mais manejáveis ao trato humano, sem não que simplesmente se buscasse conservar (e ainda potenciar ligeiramente) um comportamento algo mais violento do normal que torna o animal mais propenso a investida e por tanto ao espectáculo taurino.


Certos autores como o holandês Cis van Vuure tem assinalado diversas coincidências na estrutura corporal e coloração, comuns do toiro de lide com características do hoje extinto toiro selvagem europeu o uro, do qual se diferencia pelo pouco mais que seu menor tamanho e comprimento de cornos. Durante a sua vida em semi-liberdade, o toiro de lide mantém também uns costumes similares a um animal selvagem, formando manadas, defendendo-se de possíveis perigos.


 

 

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Van Vuure chega a sugerir que os toiros de lide são mais "urinos" que os uros recreados por criação selectiva em alguns zoológicos durante o século XX, como o chamado toiro dos Heck, e que hoje tem sido introduzidos em reservas naturais dos Países Baixos e Alemanha. Apesar do empenho posto na selecção, estes supostos uros modernos seguem apresentando na actualidade uma complexidade mais ligeira da esperada, tamanho erróneo, cornos de longitude variável e coloração nem sempre correcta. 

 

 

 

 

 

 

 

 



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No aspecto temperamental os uros recreados encontram-se numa situação ainda pior, já que são incapazes de encontrar alimento suficiente no inverno ou defender-se dos lobos. Por estas e outras razões, os críticos dos Heck consideram sua experiência falida, consistindo num simples grupo de vacas sacadas do estábulo e postas a pastar em bosques e  pradarias. 

O professor Z. Pucek, responsável do programa de recuperação do bisonte europeu no Bosque de Bialowieza (Polónia) defina o toiro dos Heck como "a maior tarefa científica do século XX". 

 


Em seu lugar, parte destes críticos propõe submeter os toiros dos Heck a um novo programa de criação ou substituí-los directamente por uma nova geração de gado seleccionado a partir do zero, em a que se daria mais peso ao toiro de lide e outras raças de características primitivas como a sayaguesa de Zamora, a esteparia húngara, as enanas da Córsega e Turquía, a Corriente, o toiro da Camarga e a maronesa de Portugal.

 

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Toiro da Camarga

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Sayaguesa de Zamora


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Raça Maronesa

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